Com produção da Santin Filmes, Lu Chagas Produz e Diálogos Produções Culturais as cenas do longa-metragem independente foram rodadas em diversos pontos de Campinas. O Elenco conta com 50 atores.
Ao longo de 3 meses a cidade de Campinas abrigou as filmagens do longa-metragem independente O AR QUE A GENTE RESPIRA, com direção e roteiro do cineasta campineiro Rafael Santin e produção em parceria com a atriz e produtora Lu Chagas. Janice Castro, experiente e conhecida produtora de Campinas, abraçou em coprodução o projeto.
Foto Luís Daniel
O AR QUE A GENTE RESPIRA traz à tona um dilema cruel: valores pessoais e profissionais colocados à prova durante a investigação de um assassinato. “Observar o ser humano nesse contexto violento é uma necessidade que precisa ser explorada. Os limites que os personagens vivem nessa trama expõem uma realidade que muitas vezes as pessoas não querem discutir. Afinal, o certo e o errado perdem o significado quando os valores são questionados”, provoca o diretor Santin.
O ator Pedro Pauleey, intérprete do policial protagonista Adoniran nos dá um pequeno spoiler sobre a trama. “Por ser leal e focado no trabalho, o Adoniran não quer se prejudicar. Contudo, ele está vivendo um turbilhão de acontecimentos que o deixa cada vez mais encurralado. Há um grande clima de tensão, tudo é trabalhado no limite e ele se vê com a corda no pescoço”, revela o ator.
Foto Gabi Talamonte
Segundo o ator Clovys Torres, o diferencial do filme é a trama muito bem escrita, abordando a corrupção policial, assunto mais que necessário ser discutido na atualidade, além de um trabalho realizado por uma equipe super profissional que está construindo história no interior do Brasil, colocando Campinas no calendário nacional do audiovisual.
“O que me fez aceitar o convite, além da maneira carinhosa que me foi feito, foi também o histórico dos realizadores (produtora e diretor) além da qualidade do roteiro. Recebi como uma belíssima oportunidade de realizar um bom trabalho. Wagner é forte e instigante”, finaliza Clovys.
Foto Gabi Talamonte
A atriz e produtora Lu Chagas lembra que fazer cinema independente é muito desafiador. “Mas a gente continua resistindo. Entretanto é urgente que políticas de fomento voltem a ser mais transparentes e mais inclusivas. Temos pela frente os velhos desafios, relacionados principalmente à distribuição e exibição das obras. A maior dificuldade é fazer os filmes chegarem às salas. Por isso, temos como objetivo certeiro as plataformas de video on demand”.
Rafael Santin, também produtor do filme, explica que as VODs não são mais apostas. São uma realidade sólida, que abriu espaço para as produções nacionais que antes encontravam dificuldades para se manterem no cinema. Os custos de uma sala são altíssimos e se a produção não atrair bilheteria nos primeiros dias, é cortada brevemente. Por isso as distribuidoras e as grandes redes olham pouco para o nosso cinema independente.
“Com o streaming, também existem custos para a manutenção no catálogo. Porém o perfil de diversidade e opções, faz o negócio precisar de volume e novidades. É aí que entra uma produção como a nossa. Ser vista e reconhecida pelo maior número de pessoas possíveis e gerar assim, interesse para nossas futuras produções”, finaliza o diretor.
Foto Letícia Palhão
Vários fatores fizeram a produtora executiva Janice Castro abraçar o projeto: o roteiro excelente, um diretor e uma produtora insuperáveis, além de uma equipe de garra que acredita no que está fazendo e acredita no cinema nacional. Para Janice, iniciativas como a de O AR QUE A GENTE RESPIRA fortalecem diretamente o cinema independente no Estado de São Paulo.
A Fotografia
A fotografia do longa é assinada pelo experiente Isiel Miranda, que destaca alguns pontos do seu trabalho, entre os quais a relação dos contrastes. “Em muitas cenas, a carga emotiva é forte e temos um suspense entre o bem e o mal. Sendo assim, trabalhamos em ambientes mais escuros (noturnos e internos) ou ainda com o rosto dos personagens em um misto de escuro e claro. Os jogos de enquadramentos vêm consolidar a emoção e o sentimento que as cenas pedem, propondo diversos climas e tensões ao longa, destaca Miranda.
Foto Gabi Talamonte
Efeitos práticos
Um dos destaques do longa são os efeitos práticos utilizados nas cenas. “Todos esses efeitos garantem mais realismo ao espectador e auxiliam os atores em cena, que podem contracenar e reagir com os próprios efeitos. Isso seria impossível de se conseguir apenas na pós-produção. Desde o primeiro contato com a direção e a produção do filme, tive total liberdade para participar, opinar e sugerir o melhor em efeitos para essas cenas”, destaca o técnico de efeitos especiais Israel Massei.
Foto Gabi Talamonte
A trama
A investigação de um assassinato em uma pequena cidade põe a polícia local numa corrida para descobrir o culpado do crime. Falhas nos processos da corporação comprometem a integridade das ações desse grupo, que se torna alvo da Corregedoria.
Adoniran, de investigador a suspeito, precisa defender a própria vida e provar sua inocência. Saulo é o agente da Corregedoria destacado para apurar a conduta funcional da delegacia, e volta à sua cidade natal onde conquista aliados, apesar da rejeição de alguns, e ainda terá de lidar com antigos traumas. O cenário é de grande tensão.
Foto Luís Daniel
Para saber mais sobre O AR QUE A GENTE RESPIRA siga o IG https://www.instagram.com/oarqueagenterespirafilme/
Fotos : Divulgacao/acervo pessoal
Denny Silva