Entenda como o transplante de medula óssea pode curar leucemia

Detectar a doença nos primeiros estágios pode resultar em uma taxa de cura superior a 80%

A leucemia, um tipo de câncer que afeta as células do sangue, é uma das principais causas de óbitos por neoplasias no Brasil, de acordo com pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A doença compromete a produção de glóbulos brancos na medula óssea, afetando diretamente o sistema imunológico.

Os primeiros sinais da leucemia podem ser confundidos com condições comuns, o que dificulta um diagnóstico precoce. Entre os principais sintomas estão cansaço, fraqueza, zumbidos, aparecimento de caroços (gânglios), além de manchas roxas e sangramentos nasais associados a esses sintomas. É fundamental buscar orientação médica ao notar mudanças anormais na saúde.

“É essencial que a informação correta chegue à população. Quando o câncer é detectado precocemente, as taxas de cura podem ultrapassar 80%. Por isso, é nosso dever reforçar a importância de um diagnóstico rápido”, ressalta Dr. Roberto Luiz da Silva, hematologista do IBCC Oncologia, hospital especializado no tratamento do câncer.

A importância do transplante de medula óssea

Em casos mais avançados de leucemia, o tratamento pode incluir o transplante de medula óssea, uma abordagem terapêutica cada vez mais eficaz. O transplante de medula óssea, também conhecido como Transplante de Células-Tronco Hematopoéticas (TCTH), é um procedimento utilizado para substituir a medula óssea doente por células saudáveis, o que permite a produção de novos glóbulos sanguíneos.

O IBCC Oncologia destaca a importância do transplante como uma opção de tratamento para leucemia em casos mais graves, quando outros tratamentos não são suficientes. “Existem vários critérios, mas o principal é o paciente estar em boa saúde dos demais sistemas do corpo. O paciente que não tiver doenças descontroladas do coração, pulmão, fígado e demais órgãos, em geral, é candidato a receber um transplante de medula óssea”, comenta o Dr. Roberto Luiz da Silva.

Segundo o especialista, em pacientes que tenham condições neuro-psiquiátricas graves e que já tenham grandes limitações das atividades do dia-a-dia, a indicação do transplante deve ser individualizada. Não há um limite de idade para o transplante, mas em pacientes muito idosos e frágeis, o tratamento pode trazer mais efeitos adversos, sendo a indicação avaliada para cada caso.

O principal meio de compatibilidade é através de um conjunto de proteínas expressas nos glóbulos brancos chamado de sistema HLA (Antígeno Leucocitário Humano). Nesse sistema o candidato a doação de células tronco é classificado em relação ao receptor como HLA idêntico “fullmatch” (100% compatíveis) ou com “mismatches” (quando há algumas porções distintas do material genético entre o doador e o receptor) e em haploidênticos (pelo menos, 50% compatíveis).

Após ver a compatibilidade HLA, vemos se o paciente receptor tem anticorpos contra o sistema HLA do possível doador. Além disso, é observado a compatibilidade entre a tipagem sanguínea ABO. Porém, a discordância do tipo sanguíneo A, B, O e AB não limita a realização do transplante. 

“A discordância do tipo sanguíneo apenas implica em alguns cuidados no preparo do paciente receptor e da bolsa de células-tronco a ser dada. Conforme o tempo passa, a tipagem sanguínea do paciente vai se tornar a tipagem do doador”, explica Dr. Roberto..

Os principais riscos do transplante são o corpo do paciente rejeitar a medula óssea nova, ou até mesmo a medula do paciente não reconhecer os órgãos e tecidos do novo corpo (doença do enxerto contra hospedeiro ou GvHD). 

“Também existem as infecções bacterianas, virais e fúngicas que podem ocorrer, principalmente antes da nova medula “pegar” (período da aplasia pré-enxertia) e nos primeiros 100 dias pós-transplante. É válido ressaltar que todas essas complicações podem ser tratadas”, finaliza o hematologista.

Dicas de prevenção e detecção precoce

Embora não seja possível prevenir a leucemia diretamente, algumas medidas podem favorecer um diagnóstico precoce e aumentar as chances de cura:

Acompanhamento médico regular: consultas de rotina com médicos, como clínicos gerais ou hematologistas, são fundamentais para monitorar a saúde.

Exames de rotina: exames laboratoriais, como hemograma completo, podem indicar alterações importantes no sangue e devem ser feitos sempre que houver suspeita clínica ou sintomas persistentes.

Atenção a sinais de alerta: observar sintomas como palidez, febre prolongada, cansaço, perda de peso e manchas na pele pode ser decisivo para um diagnóstico precoce.

Sobre o IBCC Oncologia

Fundado em 1968, o IBCC Oncologia é conhecido por ser um Centro de Tratamento Oncológico de alta complexidade e possuir um Centro de Pesquisa Clínica renomado. É pioneiro no combate ao câncer de mama e ginecológico e trouxe o primeiro mamógrafo para o Brasil em 1971.

Durante a década de 70 e 80, atuou com o maior programa de prevenção do câncer do colo uterino e de mama já realizado por uma instituição, com atendimento a mais de 2 milhões de pessoas. Foi considerado pela Secretaria de Estado da Saúde do Estado de SP o melhor hospital em atendimento humanizado e classificado entre os 10 melhores hospitais do estado.

Em 1988, a instituição tornou-se Entidade Camiliana, e a partir de 2020 passou a ser chamado de IBCC Oncologia. Também foi escolhido para ser no Brasil a instituição detentora da Campanha “O Câncer de Mama no Alvo da Moda”, em 1995. Há 56 anos é referência na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer em São Paulo. Para mais informações: https://ibcc.org.br/

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